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Aliny Agostinho- Diario de Pernambuco

O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Clayton Marques, conhecido como Keko do Armazém (PL), se reuniu na última quarta-feira (11), com a Procuradoria Geral do Município e com a direção do CaboPrev. O encontro foi realizado para discutir o processo de recuperação dos R$ 92,5 milhões, que foram desviados dos cofres da previdência municipal, em 2017, período do mandato do ex-prefeito, Lula Cabral (Solidariedade).  
Vai chegar um momento que não vai ter recursos para pagar os aposentados e o funcionalismo público; ou teremos que fechar escolas e deixar de calçar ruas para pagar uma conta que não é nossa, sobretudo, da população. A prefeitura entra nesse processo antes que seja tarde demais. Meu pedido é para que tenham leilões de bens que já estão penhorados, para ressarcir os cofres da previdência”, pontou Keko do Armazém.
Em 2018, o Ministério Público de Pernambuco realizou uma Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa contra Lula Cabral e 19 réus, em razão do desvio de R$ 92.500.000,00 do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos Municipais do Cabo – CABOPREV. 
 A ação tramita na Vara da Fazenda Pública, na instância do Cabo, e está na fase de instrução, com apuração de provas, bloqueios de valores efetivados e de novos. A prefeitura solicita celeridade dos bloqueios dos patrimônios do ex-prefeito e atual deputado estadual, Lula Cabral (Solidariedade), para que os valores sejam utilizados na reparação dos cofres públicos. 
Segundo informações da Prefeitura, o CaboPrev afirmou na reunião que se os valores perdidos não forem recuperados, o município deverá financiar com os próprios recursos. O valor pode chegar a ser mais de R$ 43 milhões para cobrir o déficit. “Os recursos da Prefeitura deixarão de ser investidos na saúde, educação, assistência social, obras, entre outras instâncias, para serem aplicados nas contas do CaboPrev. Hoje, o município já aporta R$ 9 milhões, mensalmente, para o Fundo da Previdência.”, diz Keko do Armazém.
Em sua defesa, Lula Cabral alega que não teve participação nessas aplicações e contraria as provas que foram colhidas pela Polícia Federal.

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