Foto: Wesley D'Almeida / PCR
Allan Lopes – Diario de Pernambuco
Em shows no Marco Zero, polos descentralizados, interior ou eventos privados, Pernambuco remontou suas múltiplas facetas culturais na volta do carnaval. A programação musical da festa no estado abraçou todos os gostos: os mais tradicionais puderam curtir manifestações da cultura popular como blocos líricos, maracatus e muito frevo, enquanto quem desejava música contemporânea encontrou artistas de samba, pop, rap, brega, rock, manguebeat e outros gêneros musicais.
No Recife, pouco mais de 2.800 atrações foram divididas em 44 polos espalhados a partir do Marco Zero, o palco principal, passando por Jardim São Paulo, Alto José do Pinho e Várzea. Já Olinda, embalada no tema ‘Olinda: O Carnaval dos Sonhos’, teve oito polos multiculturais com um leque de apresentações que buscavam valorizar a tradição da cultura popular e da cena local. Em alternativa ao carnaval de rua, os eventos privados cativaram milhares de pessoas pelas atrações do cenário nacional e internacional somadas aos serviços oferecidos, como open bar.
Confira o resumo do carnaval 2023 em Pernambuco:
Recife
A emoção tomou conta da multidão que foi acompanhar a abertura do carnaval da capital pernambucana na sexta-feira. Na elegância de Caetano Veloso, o público entoou clássicos da carreira do cantor. O palco do Marco Zero recebeu Pabllo Vittar no sábado, que não economizou nos hits e levou os fãs ao delírio. Na mesma noite, Almir Rouche transformou a emoção do público em euforia com ‘Voltei, Recife’, ‘Arreia a Lenha’ e sucessos de Conde Só Brega.
No terceiro dia, os foliões caíram no samba ao som de diversos grupos e agremiações locais, além de grandes atrações, como Gerlane Lops, Maria Rita, Sorriso Maroto e Fundo de Quintal. A segunda de carnaval foi plural no conceito mais puro da palavra: abrindo com a chegada de Blocos Líricos, o público também conferiu nomes das prateleiras mais altas da música nacional: Nando Reis e Emicida, além da banda carioca Melim, mantiveram a energia em alta até a madrugada. O desfecho da festa, na terça-feira, ficou marcado pelas apresentações emblemáticas de cantores pernambucanos, como Alceu Valença, João Gomes e Lenine.
Olinda
O carnaval na Cidade Histórica não se criou apenas nas ladeiras. Além dos blocos, troças e cortejos, os oitos pólos distribuídos em Olinda ofereceram uma programação diversa e imersiva ao público. No Polo do Carmo, subiram ao palco Elba Ramalho, Alceu Valença, Jorge Aragão, Lenine ao lado de Maestro Spok, Nação Zumbi, Priscila Senna, Mundo Livre S/A e Lia de Itamaracá. Enquanto isso, no Polo do Varadouro, agremiações e nações de maracatu e afoxé deixaram a cultura popular em evidência.
Interior
A pluralidade rítmica e cultural do carnaval pernambucano também se fez presente no interior. Em Petrolina, a 712 quilômetros da capital, mais de 60 atrações performaram em três polos onde a tradição foi preservada, mas trouxe diferentes estilos musicais – do samba, axé, reggae, eletrônico, MPB e rock. A identidade plural da folia também é comum no Jazz Festival, de volta a Garanhuns após oito anos. Quinteto Violado, Baby do Brasil, Flora Purim e outros artistas nacionais e internacionais do jazz, blues, instrumental, erudito e da cultura popular entregaram shows a quem buscava um ambiente mais intimista.
Festas privadas
Eventos pagos cativaram foliões com lineups de renome e serviços atraentes. O Camarote Parador, por exemplo, ofereceu serviço open bar (whisky, gin, vodca, cerveja, refrigerante e água), além de uma programação eclética para três dias de shows. Silva, Glória Groove, Nação Zumbi, Luisa Sonza e Academia da Berlinda foram algumas das apresentações.
No Memorial Arcoverde, em Olinda, a 9ª edição do Carvalheira na Ladeira se estendeu durante os quatro dias de carnaval e estampou no lineu-up os nomes de Anitta, Wesley Safadão, Alceu Valença e do DJ americano Steve Aok. O Camarote Olinda, por sua vez, teve dois dias de festa com Gusttavo Lima, Jorge e Mateus, João Gomes, Tarcísio do Acordeon e outros músicos.
