O prefeito João Campos assinou um decreto, ontem (24), que cria o programa Recife Cidade Leitora, voltado para democratização do acesso ao livro. O ato foi realizado durante inauguração do primeiro equipamento da iniciativa: o Ponto de Leitura no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), no bairro de Areias. A iniciativa também prevê a criação de edital para apoio financeiro às bibliotecas comunitárias, no mesmo contexto dos recursos viabilizados para manutenção da rede oficial.
O cenário pandêmico da covid-19 e o fato de as últimas visitas ao hospital terem sido para tratar do tema foi lembrado pelo prefeito João Campos. “Vir com outro sentido, com um propósito como este, é motivo de muita alegria. É mais do que um símbolo, é uma efetividade, de levar a nossa rede de biblioteca para os demais equipamentos”, reconheceu.
“Quando a gente alinha os equipamentos que a Prefeitura já tem e a gente agrega os espaços como esse a gente potencializa a gente consegue ganhar escala. Fazer essa inauguração é muito mais do que um símbolo, é uma semente plantada. Uma biblioteca criada é uma janela de oportunidade. Com isso, a gente vai criar uma cultura na cidade de oportunidade de acesso”, afirmou o prefeito João Campos.
Em parceria com a Secretaria de Segurança Cidadã do Recife, o equipamento inaugurado nesta terça integra o programa Recife Cidade Leitora, que é uma extensão da Rede de Bibliotecas pela Paz, formada pelos equipamentos de leitura nas unidades dos Centros Comunitários da Paz (Compaz), além das bibliotecas públicas de Afogados e de Casa Amarela, como explica o secretário de Segurança Cidadã, Murilo Cavalcante.
“É um espaço humanizado, coordenado pela Secretaria de Segurança Cidadã, para que o livro possa melhorar a vida e a autoestima de quem está internado neste hospital”, definiu o gestor. A pasta está mapeando novos espaços para a criação dos próximos equipamentos.
O local inaugurado conta com mais de 500 livros, revistas, livros terapêuticos de colorir e jogos para trazer bem-estar aos usuários do equipamento. O acervo foi totalmente pensado para atender ao público preferencial do hospital, as pessoas idosas, contando com obras literárias, de saúde, autoajuda, jogos de tabuleiro, memória e quebra-cabeça.
“Para nós é uma alegria por termos o primeiro. Já customizamos a biblioteca, já temos carrinhos para levar os livros até os leitos para quem não estiver com condição de frequentar o espaço. Esse cuidado próximo, humanizado, potencializa a recuperação e o tratamento”, frisou a secretária de Saúde, Luciana Albuquerque.
O espaço funciona no turno vespertino, das 13h às 17h, e estará disponível tanto aos pacientes como aos acompanhantes e colaboradores do hospital. O espaço seguirá todas as medidas de biossegurança e todos os itens sempre passarão por um processo de higienização após a devolução.