Em entrevista à Clube AM 720, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), fez um balanço sobre seus oito anos de gestão e falou sobre as especulações a respeito de integrar um possível ‘primeiro escalão’ na gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT): “As duas certezas que temos é que o presidente Lula e o Alckmin terão uma responsabilidade muito grande de reconstruir o país. O PSB está dentro desse projeto, independente de ocupações e cargos. Fui um dos primeiros a defender essa aliança com o presidente Lula (…) estou fechando um ciclo de 8 anos como governador. Estou no serviço público desde os 20 anos de idade, ou seja, são mais de 30 anos de vida pública (…) fui Secretário de Eduardo Campos em três pastas, por quase oito anos e a minha intenção é continuar trabalhando”, afirmou Paulo Câmara (PSB).
Disputa?
Ainda no campo das especulações, sobre um eventual retorno às disputas eleitorais, Paulo Câmara (PSB) afastou a possibilidade de concorrer às próximas eleições municipais, mas não descartou o desponte para um cargo na Câmara ou Senado nas eleições de 2026: “É uma pergunta que eu realmente não tenho resposta. Nunca planejei muito as minhas atividades (Políticas) elas sempre aconteceram de maneira muito rápida. Em 2014 eu assumi a missão de concorrer ao Governo do Estado sem nunca ter disputado uma eleição (…), irei decidir no momento certo, no momento adequado”, concluiu. O governador fez questão de repetir: “A minha vontade é continuar trabalhando por Pernambuco independente de ocupar ou não cargos públicos”.
Vigilante
Questionado sobre uma eventual oposição do PSB ao próximo governo na Alepe (Assembleia Legislativa de Pernambuco), Paulo Câmara disse que o seu partido terá o papel de fazer uma “oposição vigilante” à gestão da governadora eleita Raquel Lyra (PSDB), mas que a tucana não deverá enfrentar resistência por parte da sigla para avançar com as pautas na esfera estadual: “O PSB vai ter essa responsabilidade com Pernambuco, de apoiar aquilo que for importante para o povo, mas também vai ter um olhar crítico naquilo que entendermos que possa estar indo de desencontro à população”, afirmou o governador.
Transição
Sem maiores surpresas, a escolhida de Raquel Lyra (PSDB) para coordenar o processo de transição do Governo de Pernambuco foi a sua vice, Priscila Krause (Cidadania), que é braço-direito de longa data da tucana para as questões mais técnicas. O anúncio foi feito através de uma nota à imprensa divulgada ontem.
Unale
A 25ª Conferência da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), maior encontro de Parlamentares da América Latina, reúne a partir de amanhã em evento que dura até a sexta-feira, representantes estaduais como os governadores eleitos de Minas Gerais, Romeu Zema; do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; de Goiás, Ronaldo Caiado; e de Pernambuco, Raquel Lyra para discutir a Gestão Pública nos Estados e o cenário para os próximos quatro anos. O tema central deste ano são “Os rumos do Parlamento no Futuro”.