22 de novembro de 2024

Foto: Reprodução/redes sociais

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Correio Braziliense

Os prédios oficiais dos Três Poderes da República, Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal, foram alvo de ataque terroristas,  no último domingo (8/1), motivados pela insatisfação de bolsonaristas extremistas com o governo atual e o resultado das eleições. 
O Planalto teve sua segurança furada e foi invadido por volta das 15h50 de ontem. Dentre os prejuízos deixados pelos atos terroristas foram levantados o roubo de armas, destruição de gabinetes, obras de artes, equipamentos eletrônicos, janelas, mesas e armários, além de móveis da sala da primeira-dama, Rosângaela Lula da Silva, a Janja.
Os poderes estão com acesso restrito na manhã desta segunda-feira (9). Apenas peritos e servidores autorizados podem entrar nas áreas mais atingidas pelos atos. Os funcionários receberam orientação para não encostarem nos objetos danificados, e, se for necessário, usar um papel para não comprometer impressões digitais e material genético.
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, informou que o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi invadido porque é blindado. Alguns dos manifestantes entraram pelo estacionamento do Planalto, no térreo. Outros, subiram a rampa do Palácio.
Os extremistas roubaram armas e munição de uma sala do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), segundo informações da própria corporação.
O presidente Lula estava em São Paulo durante os atos de vandalismo, porém voltou a Brasilia ainda na noite de domingo e seguiu direto para o Palácio do Planalto. Ele estava acompanhado de Janja e de parte dos ministros.
Veja a lista preliminar de itens danificados no térreo do Palácio do Planalto:

  • Obra Bandeira do Brasil, de Jorge Eduardo, de 1995 — a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o andar, após vândalos abrirem os hidrantes ali instalados
  • Galeria dos ex-presidentes — totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas
  • O corredor que dá acesso às salas dos ministérios que funcionam no Planalto foi brutalmente vandalizado. Há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços para só daí ter acesso às obras
  • Obra As mulatas, de Di Cavalcanti — a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanho. A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças desta magnitude costumam alcançar valores até cinco vezes maior em leilões
  • Obra O Flautista, de Bruno Jorge — a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliada em R$ 250 mil
  • Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg — quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil
  • Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck — exposta no salão, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita
  • Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues — o móvel abriga as informações do presidente em exercício. Teve o vidro quebrado
  • Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste auto no mundor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor desta peça é considerado fora de padrão

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