Foto: Sandy James/DP

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O pré-candidato ao governo de Pernambuco pelo União Brasil, contou aos empresários e membros da Associação Comercial de Pernambuco (ACP), como pretende atuar para dar suporte à categoria no estado, e falou ainda na concessão à iniciativa privada de empresas de áreas de interesse geral à exemplo da Compesa e Copergás.

Miguel Coelho (UB) abriu o discurso no evento fazendo críticas à política fiscal estadual e nacional, dizendo que “o Brasil cobra impostos como um país desenvolvido”. O postulante ao Palácio do Campo das Princesas pelo União Brasil defendeu, ainda, o investimento no setor comercial e parcerias público-privadas como forma de aumentar o movimento econômico em Pernambuco.

“Entre os 27 estados, Pernambuco é o pior para se fazer negócios (…) Também somos quem menos investe em estradas, saúde e políticas sociais”, disse o pré-candidato.

O ex-prefeito de Petrolina prosseguiu apontando indicadores sociais e dados para chamar atenção para a necessidade de incentivo às políticas econômicas:

“Nós temos a capital mais pobre do Brasil segundo o IBGE e a terceira Região Metropolitana mais miserável do país. Quem classifica como miserável não sou eu, e sim o próprio instituto (IBGE)”, defendeu.

Miguel também opinou que a pandemia não foi a principal causa da crise econômica no estado, e defendeu ser um problema que surgiu com a atual gestão. Ainda na pauta comercial, o pré-candidato falou em desburocratização para abertura de empresas e serviços aos comerciantes:

“Não conseguimos retomar os investimentos no estado desde 2014, a piora econômica não veio junto com a pandemia (…) precisamos de um Pernambuco mais competitivo e menos burocrático, com mais eficiência (…) vamos escalonar o que foi feito em Petrolina para todo o estado: 90% dos serviços para negócios no município podem ser feitos online.”, posicionou o pré-candidato.

Privatizações

Sobre infraestrutura, Miguel Coelho (UB) trouxe como solução, a privatização de alguns setores, como forma de abarcar mais investimentos para ampliação do saneamento e fornecimento de gás, criticando o atual método operacional das empresas responsáveis:

“Não faz sentido nós possuirmos o pior abastecimento do Brasil com uma empresa que gasta valores tão altos como a Compesa (…) distribuição, tratamento e coleta de esgoto serão repassados à iniciativa privada. Estamos falando de um total de 12 bilhões em investimentos a longo prazo”, comentou.

Em seguida, o pré-candidato defendeu a expansão do gás natural para o setor têxtil do estado, que, segundo o candidato, ainda operam de maneira “atrasada”:

“Precisamos levar o gás natural para os polos têxteis, o que diminuirá o custo de produção (…) alguns locais como Toritama ainda usam lenha para a produção, por não terem acesso ao gás”, reforçou.

Políticas públicas

O ex-prefeito de Petrolina falou em união com o governo federal e com o legislativo estadual para conseguir eficácia e apoio para execução das pautas de forma geral, trazendo como promessa de campanha triplicar os investimentos públicos, para as pautas sociais o que significaria um patamar de R$ 3 bilhões/ano, segundo Miguel, que seguiu dizendo que “não nos condenaremos somente a isso”:

“Não temos que gostar do próximo presidente da República, mas temos que trabalhar juntos, independente de quem seja (…) precisamos também trabalhar com a Assembleia (Alepe) para fazer as mudanças necessárias para o estado. Precisamos fazer valer o potencial econômico do nosso estado”, afirmou.

O pré-candidato também disse ser favorável à unificação dos programas sociais no estado, com o incentivo ao emprego como forma de criar algo “cíclico”.

“Independente de raça e gênero, olhando através do recorte da renda, precisamos de um programa social eficiente (…) devemos unificar os programas já existentes no estado para que elas não sejam reféns de uma ou outra política. Temos a intenção de criar um novo programa com o valor base de 300 reais, utilizando o critério da renda, ou seja, promovendo capacitação para essas pessoas, para garantir o emprego e depois de alguns meses, possa deixar o programa. Assim podemos fazer um programa com começo, meio e fim”, comentou.

Sobre a questão da habitação, tema que entrou em pauta na última semana devido ao incêndio em palafitas no Pina (Região Metropolitana do Recife), Miguel Coelho (UB) diz que os investimentos do Governo Federal são fundamentais para dar andamento às obras paradas, e para dar início a novos projetos:

“Precisamos identificar o problema para corrigir o déficit (nas habitações), temos que trabalhar com critérios mais claros de seleção, para que as famílias contempladas com moradia possam permanecer com a posse das escrituras (…) não há política urbanística apropriada na Região Metropolitana. Outro ponto de atenção é a questão das moradias nas zonas rurais”, opinou.

Oportunidades

Sobre geração de empregos, Miguel Coelho (UB) defendeu o investimento nas escolas técnicas (ETEs) e profissionalizantes, como forma de preparar os jovens para o mercado de trabalho, “sem a necessidade de ensino superior no início da carreira”.

“Quem passa pelas escolas públicas e técnicas, consegue diminuir a referência salarial (…) precisamos de uma educação profissionalizante mais real e mais presente junto aos municípios, temos que preparar o jovem para os novos modelos de emprego através das soft-skills desde cedo como uma alternativa à faculdade, para que a formalização de emprego possa ser mais rápida”, declarou.

Miguel também falou em aquecer as microempresas e tornar mais acessíveis as linhas de crédito para a categoria:

“microempreendedor que faturar até 100 mil será isento de ICMS, queremos que as microempresas cresçam, e possam vir a se tornar uma média empresa, não podemos pensar a curto prazo e priorizar o estado, temos que priorizar os MEIs de Pernambuco”, prometeu o pré-candidato.

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