27 de abril de 2024
Foto: Rodolfo Loepert/PCR

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Cinco séculos de uma cidade cuja história está diretamente ligada ao achado do Brasil. Com o trabalho de aproximadamente 70 pesquisadores, os quatro primeiros volumes da coleção Recife 500 anos, da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) foram lançados nesta sexta-feira (15). Com parceira da Prefeitura, a coleção, que tem o objetivo de contar a história do presente, do passado e projetar o futuro da do Recife, que será a primeira capital de estado brasileiro a comemorar cinco séculos de fundação, em 12 de março de 2037. O prefeito João Campos esteve no evento, realizado no Centro de Convenções de Pernambuco.

Campos destacou que a coleção é fruto do encontro de pessoas, de instituições, que pensam a cidade, e elencou um dos objetivos tratados desde as primeiras reuniões. A coleção será disponibilizada nas escolas municipais da capital pernambucana. “A gente está tendo o cuidado de chegar com este material dentro das salas de aula do Recife para que as novas gerações conheçam a cidade, seus desafios, as suas oportunidades, e ajudem na construção desse novo Recife, que a gente também sonha aqui nesses livros. Para que a gente coloque dentro da nossa grade, o estudo, o conhecimento e a responsabilidade da construção da nossa própria cidade”, descreveu.

“Quando a gente tem uma obra acontecendo na cidade, como o Parque das Graças, que é a primeira grande etapa contínua do Parque Capibaribe, a gente fala sobre garantir o pertencimento da cidade em um dos nossos maiores ativos ambientais, que é o Rio Capibaribe. Isso tem um peso muito grande”, completou, dando como exemplo um dos projetos de longo prazo estruturados que estão em execução na cidade.

Recife será a primeira capital de estado brasileira a comemorar cinco séculos de fundação, em 12 de março de 2037. Para uma trajetória tão rica, a coleção  também tem como parceiros a  Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Observatório do Recife. Participaram da mesa do evento, além do prefeito, João Campos;  o coordenador da Coleção Recife 500 Anos, Roberto Montezuma; o reitor da UFPE, Alfredo Gomes; o superintendente de Produção Editorial da Celpe, Luiz Arraes; e o coordenador do Observatório do Recife, Francisco Cunha.

O arquiteto e urbanista Roberto Montezuma reforçou a importância do trabalho de todo corpo técnico envolvido no projeto para o entendimento da trajetória e o planejamento do futuro da cidade. “Era preciso pensar o Recife de forma holística. Essa planície molhada foi muito aterrada e tinha mudado. Hoje, há o Recife Metropolitano, com 1,6 milhão de habitantes, e o Recife Metrópole, com cerca de quatro milhões de habitantes, muito diferente daquele Recife holandês (sede da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil, de 1630 a 1654)”, afirmou.

Cerca de 70 pesquisadores trabalharam na produção dos 12 livros que compõem a coleção, a ser publicada ao longo de 2022. Os quatro primeiros volumes são: Parque Capibaribe: A reinvenção do Recife Cidade Parque; Recife drenagem urbana: Entre rios e o mar, caminhos e descaminhos das águas na cidade; Recife 500 anos: Estratégias para construir a cidade do futuro e Recife Exchanges Amsterdam, Holland, Netherlands: Intercâmbio internacional para reinventar a cidade. 

No lançamento, a presidente da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), Luciana Schenk, fez uma palestra virtual sobre um dos livros que compõem a coleção, o Recife Exchanges Amsterdam, Holland, Netherlands: Intercâmbio internacional para reinventar a cidade. Ela ressaltou a necessidade do planejamento das cidades ter no cerne a sustentabilidade dos meios para um desenvolvimento mais igualitário. “Habitamos um planeta que tem recursos finitos e os recursos finitos precisam ser planejados”, disse, antes de complementar: “Nós precisamos, enquanto sociedade, e não só enquanto classe, desenvolver políticas públicas que abarquem todas as desigualdades”, disse.

Os títulos da coleção também ficam disponíveis para download gratuito no site Acervo Cepe (www.acervocepe.com.br). Em edição bilíngue (português-inglês), a série não será comercializada e será distribuída pela Prefeitura do Recife.

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