Compartilhar:

Prevenir-se de tragédias causadas por eventos climáticos é tarefa para o ano inteiro. É nesse sentido que, na próxima quarta-feira (29), às 10h, o vereador Ivan Moraes (PSOL) promove a Audiência Pública “A aplicação do Plano de Contingência de Calamidades do Recife com relação às Chuvas”, na Câmara Municipal do Recife. Foram convocadas as Secretarias Municipais de Saúde; Habitação; Infraestrutura e Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb); Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Política Sobre Drogas; Defesa Civil do Recife, o Grupo de Atuação Conjunta Especializada do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e o Núcleo de Terras, Habitação e Moradia da Defensoria Pública Estadual de Pernambuco. “A prefeitura recentemente anunciou um grande pacote de ações para preparar a cidade para o inverno. Mas ainda há lacunas que precisam ser melhor explicadas, especialmente no que diz respeito a protocolos de informação e sobre critérios de prioridade para essas intervenções. A audiência pública desta quarta será imprescindível para que a Câmara e toda a população possa não apenas avaliar melhor o trabalho da gestão, mas também para que todo mundo possa saber exatamente o que ainda precisa ser feito antes que chova”, explica o vereador Ivan Moraes.  Na audiência será apresentado um estudo realizado pelo seu mandato, que analisa criticamente o último plano de contingência enviado para a prefeitura e aponta importantes lacunas para responder às necessidades do Recife no período de chuvas. O estudo aponta que, em 2022, apenas no Recife, no período chuvoso a capital contabilizou 43 mortes, 3.874 pessoas desabrigadas, 831 pessoas desalojadas, 04 pessoas desaparecidas e um total de 1.532.177 pessoas afetadas de alguma forma. Para essa situação, rapidamente a sociedade civil se articulou, agiu e também demandou do poder público ações para assistir as pessoas atingidas. Neste ano de 2023, já tem chovido esporadicamente na capital pernambucana. E o que a população da cidade deve fazer para se preparar para as chuvas, especialmente as pessoas que moram em áreas de morros e alagados? “Se voltar a chover forte, como no ano passado, a gente tem que correr e perder tudo como perdeu. E não veio ninguém trazer alguma orientação aqui, de nenhum órgão público. Nem pra se avisar assim: a maré tá enchendo, corre! E foi uma situação horrível a que vivemos”, lembra Cintia Leônidas, moradora da Vila Arraes, na Várzea, Zona Oeste do Recife e área de alagamento em períodos de chuvas. Assim como Cintia, muitas outras pessoas, em diversas áreas da cidade, não sabem o que fazer se as chuvas chegarem com a mesma força do ano passado.   E o que é o Plano de Contingência? O Plano de Contingência é um documento que elenca as medidas que devem ser adotadas antes, durante e depois de eventos adversos, a partir do acompanhamento de parâmetros como índices pluviométricos, previsão meteorológica, vistoria de campo, visando um maior planejamento para a cidade. Deve ser estruturado antecipadamente na fase da preparação, evidenciando-se os procedimentos, ações, atribuições que devem nortear a operacionalização nas ocorrências. Ou seja, um plano de como a cidade está se preparando para o período de chuvas, que pelo histórico da capital recifense e os danos sofridos pela população no ano de 2022, já aponta a necessidade de prevenção do poder executivo para evitar tragédias. 

 #AntesQueChova 

Como em todos os anos de seus dois mandatos, Ivan Moraes abriu uma escuta pública participativa junto à população recifense sobre obras e serviços públicos que precisam ser realizados para que o Recife passe pelo período de chuvas sem prejudicar a vida da população. A campanha #AntesQueChova recebeu 107 respostas que serão transformadas pelo vereador em requerimentos à Prefeitura do Recife. A maior parte das respostas da população foi sobre a manutenção da cidade, sugerindo intervenções simples que não requerem alto investimento, como remoção de entulhos de margem de canais, limpeza de canaletas, limpeza de galerias, limpeza de canais, podas de árvores e capinação de encostas.  “A localização e a forma com que nossa cidade foi urbanizada fazem com que o Recife seja um dos lugares mais afetados pelas mudanças climáticas, e esse período de chuvas sempre pode trazer prejuízos. Mas tem muita coisa que dá para se fazer antes que chova. Ações de prevenção salvam vidas e evitam tragédias” pontua Ivan Moraes.  De acordo com o Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), a capital pernambucana é a primeira cidade do Brasil e a 16ª mais ameaçada no mundo pelas mudanças climáticas e o aumento do nível do mar. 

Compartilhar:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.