Em junho de 2007, a repórter fotográfica Inês Campelo, o motorista Clécio Bunzen e eu percorremos cerca de 2 mil quilômetros pelo interior dos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba para a produção da série de reportagens “A revolução do simples”.  A primeira matéria começava assim:

“Nem todas as revoluções são ruidosas. Algumas delas acontecem em silêncio. Como nem todas são feitas por heróis, daqueles que vão parar nos livros de história. Umas tantas outras são conduzidas pela vontade e dedicação de pessoas anônimas. É da segunda espécie – a das silenciosas e quase invisíveis – que esta série trata. Deste domingo até terça-feira, o Diario de Pernambuco mostra como ações simples e baratas podem mudar a realidade das pessoas que vivem no Semi-árido brasileiro. A reportagem do Diario percorreu cerca de dois mil quilômetros para conhecer experiências positivas colocadas em prática por cidades de Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Todas elas têm em comum o fato de terem sido certificadas pelo Selo Município Aprovado do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Aqui estarão relatados projetos exitosos de sete cidades (ao todo são 31 certificadas nos três estados) entre as que tiveram melhor desempenho no cumprimento das metas estabelecidas pelo Unicef nos últimos dois anos. A série tomou como base indicadores de impacto social, gestão pública e participação da sociedade. Mas as matérias procuram ir além das estatísticas e mostram que, por trás de cada ponto percentual conquistado, existe um rosto para ser fotografado e uma história para ser contada…”

Assinates do Diario de Pernambuco podem ver o texto completo aqui:

Primeiro dia: Uma mudança silenciosa

Segundo dia: As crianças nasceram para crescer

Terceiro dia: A arte de transformar o mundo

A série de reportagem teve muito destaque. Fomos, inclusive, finalistas do Prêmio Embratel, um dos principais do país. Mas foram as fotos de Inês Campelo o verdadeiro diferencial do trabalho. Tanto é que, no ano seguinte, o Unicef montou uma exposição intinerante pelas cidades citadas nas matérias. O reencontro com os personagens foi emocionate. Em alguns lugares fomos recebidos até com banda de música e foguetório. Fizemos palestras para professores e alunos, ouvimos novas histórias e, principalmente, aprendemos bastante. Viver o pós-matéria foi uma experiência pouco comum, mas  incrível.

Tudo por conta destas (e mais outras tantas) fotos: