No dia 1º de janeiro de 1960, o Suplemento Feminino do Diario de Pernambuco, que circulava aos domingos, trazia uma inusitada “declaração de guerra” vinda de Caruaru. A cidade do Agreste, a Capital do Forró, não iria mais tolerar o comportamento indelicado dos “forasteiros recifenses” em seus eventos sociais. Assinado por Rodrigues & Pepeu, o texto lamentava os episódios ocorridos em festa do Clube Intermunicipal, onde “rapazes acostumados a duelar com a polícia, embora corretamente vestidos, praticaram arruaças como as que estavam acostumados nos salões elegantes da Capital”. O que realmente se sucedeu não foi explicitado, de tão desagradável que deve ter sido.

“Cidade desprovida de grandes atrações recreativas, a nossa vida na sociedade se limita aos clubes. Deixá-los entregues à irresponsabilidade de tarados capazes de todas as afrontas, é compactuar com a falência das nossas agremiações sociais. Expulsá-los – isso sim – é o caminho a ser adotado daqui por diante, pois não dispomos de R.P., para, vez por outra, aplicar gostosos corretivos nessa turba de desordeiros”.

Estavam todos, pois, avisados.