As fotos que ilustram os depoimentos da repórter Carolina Santos e da repórter fotográfica Blenda Souto Maior (os dois posts anteriores a este) são de autoria de Clécio Bunzen, o motorista da equipe que percorreu quatro mil quilômetros Nordeste afora para produzir o especial SerTão Gonzaga. Aos 56 anos, nove de Diario de Pernambuco, ele não se contenta em apenas pegar no volante. Com sua Nikon L120, Clécio sempre produz os bastidores da reportagem do dia a dia.

Quando foi escalado para o especial de Luiz Gonzaga, Clécio Bunzen pôs em prática as dicas que sempre recebeu dos fotógrafos do Diario. “Eles sempre me ajudaram muito. Na verdade, comecei com uma câmera analógica, que era do fotógrafo Ricardo Fernandes. A dúvida que eu tenho eu consigo esclarecer. Tenho sorte em conviver com profissionais experientes e competentes”, ressalta.

Com o making do trabalho de Carolina e Blenda no Sertão, Clécio produziu material de qualidade que acabou ganhando espaço no caderno que circulou no dia do centenário de nascimento de Luiz Gonzaga. Mas não foi a primeira vez que ele teve impressa uma imagem no Diario. É colaborador frequente da coluna Diario Urbano, de Luce Pereira, com flagrantes de desrespeito nas ruas da Região Metropolitana do Recife.

“É bom ter o seu trabalho reconhecido. Eu. na verdade, me considero um privilegiado. Em 2008, participei da equipe que produziu uma série de quatro cadernos especiais sobre os 70 anos da morte de Lampião. Agora foi a vez de Luiz Gonzaga. Pude conhecer gente que conviveu com dois ícones nordestinos”, reconhece.

As imagens mais recentes de Clécio podem ser vistas no Instagram, no especial Rei do Baião. São retratos de uma região onde convivem quilombos, vaqueiros, seca e desenvolvimento. E ele pretende continuar a experiência.

Enquanto continuar no volante de um carro do Diario, Clécio Bunzen vai estar bem atento. E não somente aos sinais de trânsito.