Desde que a notícia da absurda morte de um torcedor do Sport atingido por um vaso sanitário no Arruda chegou na redação do Diario, quase na meia-noite da última sexta-feira, a editoria de Superesportes teve que incorporar na sua cobertura o lado mais violento do futebol. Os plantões do fim de semana foram reforçados para trazer ao leitor informações exclusivas como o trajeto feito pelos criminosos dentro do estádio – eles percorreram 110 metros até atirarem não um, mas dois objetos de quinze quilos cada, que caíram 24 metros até que um destroçasse a cabeça da vítima de 26 anos.
Na segunda-feira, a notícia da prisão do primeiro suspeito do assassinato motivou uma discussão interna sobre como tratar um assunto mais de polícia do que esportes. A solução foi trabalhar com dois cadernos, com os títulos propostos pelo editor Marcel Tito: Futebol é futebol e Violência é violência. O resultado caiu como uma luva para a estreia do novo projeto gráfico do Diario. O programa Redação SporTV, do conhecido canal por assinatura, rasgou elogios para os dois cadernos que, distintos, formam uma unidade. Leitores e internautas também gostaram da ideia. Nesta quarta-feira, o Diario investe mais uma vez em dois cadernos produzidos pela editoria de Superesportes. Eles esperam, e nós todos do jornal também, que não precisemos mais no futuro falar de mortes no lugar de gols.