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A princípio, era só mais uma pauta corriqueira, a divulgação das pessoas que vão fazer as tapiocas vendidas na Arena Pernambuco para os torcedores, muitos deles estrangeiros, que assistirão aos jogos da Copa do Mundo em São Lourenço. Mas o olhar da repórter Marcionila Teixeira fez toda a diferença. Enquanto os outros se limitaram a registrar, ela se deu ao trabalho de questionar. O resultado foi a matéria deliciosa publicada na abertura do novo caderno Local, mostrando que uma associação criada há menos de um mês abiscoitou todas as vagas para a fabricação da iguaria típica em versão bilíngue. A pergunta que ela fez foi: assim como em Salvador existe uma associação tradicional de baianas de acarajé, porque não se pensou nas tapioqueiras de Olinda, que são as representantes naturais neste aspecto gastronômico-turístico? A cada jogo, os convocados felizardos faturarão R$ 10 mil líquidos. Um bom dinheiro para quem não está no batente neste momento. Quem quiser comer tapioca com o pessoal da Arena vai ter que ter ingresso da Fifa. Porque quase nenhum deles não tem ponto fixo  ou está com a frigideira aquecida para a massa e o queijo, o coco e outros ingredientes. Para os selecionadores, isto não faz diferença. Menos para Marcionila, os editores de Local e o próprio jornal.