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Repórter com uma Olimpíada – a de Londres, em 2012 – no currículo, a repórter de Superesportes Ana Paula Santos teve que deixar de lado o acompanhamento de um setor onde os recordes vêm depois de muita superação pessoal. A missão que ela recebeu do editor Marcel Tito era contar a história trágica da família da primeira vítima morta pela violência das torcidas organizadas em Pernambuco. Daniel Ramos da Silva tinha 16 anos quando, em 18 de março de 2001, levou um tiro na cabeça e outro no peito, dentro do túnel Chico Science, nas proximidades da Ilha do Retiro. Um crime que não nunca foi devidamente esclarecido. Aderita, mãe de Daniel, nunca mais foi a mesma. Três anos depois, morreu atropelada. Para alguns, foi suicídio.

O que se tinha apenas era o fato, registrado nas páginas do Diario. Mas Ana Paula encontrou, no Ibura, quem se lembrasse da história do torcedor do Sport e desse a indicação onde morava a irmã de Aderita. Na reportagem de uma página e meia publicada no Diario no domingo, Rosângela mantém o retrato de Daniel na parede, a imagem de Aderita na lembrança. No Dia da Mães, o Diario trouxe a história de uma família Silva que só acredita agora em justiça divina. O desfecho de uma semana onde outra mãe chorou a morte de um torcedor.

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