cristina tavares corte

O Diario de Pernambuco foi o vencedor de quatro categorias do 20ª edição do Prêmio Cristina Tavares. A premiação, entregue na quarta-feira à noite no Cabanga Iate Clube, é organizada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope). Ao todo, 271 trabalhos foram avaliados pela comissão julgadora.
Na categoria Texto – Séries, Coberturas Especiais, Reportagens Especiais e Cadernos Especiais venceram os repórteres do caderno Local Ed Wanderley e Anamaria Nascimento, com a série Na pegada do carbono. Publicado durante 14 dias  e idealizado pelo editor-executivo Paulo Goethe, o trabalho detalhou como as atividades do cotidiano lançam gás carbônico na atmosfera e apresentou alternativas de como o problema pode ser minimizado com a compensação e o consumo sustentável.
Entre os diversos temas, as reportagens mostraram o exemplo da ilha de Fernando de Noronha, que foi escolhida para ser o primeiro distrito com Carbono Zero do país. Além de um material gráfico publicado no impresso, a série trouxe na internet um encarte digital gratuito, através do hotsite Carbono zero. Todas as publicações, incluindo textos e videorreportagens, também foram disponibilizadas em uma plataforma para tablets do aplicativo do Diario, acessível aos assinantes do jornal.
O jornalista Ed Wanderley foi duplamente premiado, sendo o destaque também da categoria Internet, com Infâncias devolvidas. “Foi um trabalho sobre adoção que representou para mim um desafio. Entrar em abrigos e lidar com crianças tão carentes que tentam conseguir uma família”.
Já na categoria Jornalismo Impresso – Charge, onde foram avaliados 12 inscrições, foi premiado Samuca Andrade, com 50 anos do golpe. “Esse é um assunto que comove. Ainda estamos na luta de esclarecer muitas coisas e espero que essa Comissão da Verdade tire debaixo do pano o que ainda está escondido para que a justiça seja feita”, afirmou Samuca, em discurso para o público.
Com o trabalho Eles ainda vivem no tempo de Josué, o estagiário do caderno Local Pedro Henrique Cunha venceu a categoria Estudante, da qual concorreram 27 pessoas. A matéria mostrou como vivem os sobreviventes do mangue, 40 anos depois da morte do escritor Josué de Castro.
Ao todo, o Diario foi destaque em nove categorias, com 11 indicações. Foram finalistas o editor de projetos especiais Vandeck Santiago, na categoria Reportagem e Reportagem com Desdobramento, com a entrevista Havia um espião na minha casa. No trabalho, o secretário de Finanças do Recife, Roberto Pandolfi, irmão de Dulce Chaves, uma das presas políticas mais torturadas na ditadura, faz revelações inéditas. Também nesta categoria concorreu o repórter do caderno Viver Júlio Cavani, com a reportagem Restos de história, sobre a degradação do Bairro do Recife.
Jarbas Domingos, na categoria Jornalismo Impresso – Charge e Desenho para a Imprensa, e Teresa Maia, na categoria Foto-sequência, também foram indicados. Eles foram autores dos trabalhos Não são apenas centavos, Rossi, uma homenagem ao Rei do Brega, e Vidas partidas.
No Itaipava Arena Pernambuco, o Diario foi destaque com a indicação do jornalista Daniel Leal, na categoria Texto, com a reportagem Corpo e alma sem limites.

Texto transcrito da edição impressa do Diario