No dia 20 de julho de 2004, o Diario circulava com um caderno especial para comunicar aos seus leitores que estava em um novo endereço. “Rua da Veiga, 600, Santo Amaro. O endereço dos Diários Associados em Pernambuco torna-se, também, o local da nova redação do Diario de Pernambuco. A antiga sede do jornal mais antigo em circulação na América Latina, o imponente prédio erguido no início do século passado, na Praça da Independência, 12, no Centro do Recife, será transformada em um memorial com a exibição de peças históricas, como o primeiro prelo, datado de 1825”. O texto de apresentação do especial já destacava o impacto da transferência de uma verdadeira instituição pernambucana.
A mudança representou mais espaço físico e banheiros melhores. Dos profissionais que labutaram no prédio antigo ficou a saudade das histórias de fantasmas, das piadas e dos barulhos da rua, das máquinas e da rotativa. Começava um novo tempo mais gelado, por causa do ar-condicionado central, mas ainda com calor humano de sobra.
A sede no bairro de Santo Amaro tornou-se a oitava na história do jornal desde que foi fundado, em 7 de novembro de 1825, pelo tipógrafo Antonino José de Miranda Falcão. Da Rua Direita, 267, em São José, as instalações do jornal passaram ainda pelas ruas das Flores, Soledade e Sol, além do Pátio da Matriz de Santo Antônio. A Rua das Cruzes foi o quinto endereço e a Rua Duque de Caxias tornou-se o sexto local.
Foi em 1903 que o jornal passou a ocupar o seu prédio mais famoso, situado na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio. Em estilo neoclássico, a construção de três andares abrigou a redação do Diario por 101 anos.