No Dia da Consciência Negra, o repórter de Política Tércio Amaral destaca, para o caderno Viver, o único relato autobiográfico de um escravo brasileiro sobre o regime escravocrata em vias de ser traduzido por um pernambucano. A história de Mahommah Gardo Baquaqua foi publicada originalmente em inglês em 1854 e guarda semelhanças com Solomon Northup, o norte-americano que teve a sua experiência registrada em Doze anos de escravidão, que depois virou filme vencedor do Oscar. Filho de um próspero comerciante onde hoje seria o norte do Benin, Baquaqua foi trazido à força para Pernambuco. Vendido para um dono de escravos no Rio de Janeiro, foi mandado para os Estados Unidos por causa de uma remessa de café. Conseguiu fugir para o Canadá e ainda ter passagens pela Inglaterra e Haiti. Uma história e tanto.