Ponto de encontro da população recifense e cartão-postal para os turistas, o Marco Zero ganhou esta forma em 1999, projetado pelo pintor pernambucano Cícero Dias, autor da Rosa dos Ventos com dez metros de raio bem no centro do grande espaço livre. Hoje alvo de discussão pelo aumento da segurança no seu entorno, antes a área era uma bucólica praça, frequentada apenas pelos marinheiros que desembarcavam no porto logo em frente, trabalhadores, eventuais colaboradoras e automóveis.
O logradouro chamava-se Praça Rio Branco e abrigava desde 1917 uma estátua em bronze do barão diplomata, de 2,5 metros de altura, feita pelo escultor francês Felix Charpentier. Sobre o pedestal em pedra de 4,2 metros, esculpido por Corbiniano Vilaça, Rio Branco mirava do alto o oceano. Na reforma, o nobre foi meio colocado de lado, literalmente. A praça já era conhecida popularmente como Marco Zero porque, em 1938, o Automóvel Clube de Pernambuco instalou lá uma base de onde são feitas as medidas oficiais de distâncias rodoviárias. Este monumento foi realocado também para a borda do novo espaço.
Estas fotos são referentes a uma reforma e ampliação do local que durou quatro meses e custou à Prefeitura do Recife quase dez milhões de cruzeiros. O barão permanecia lá, impávido, até a chegada do colosso.