Em meio ao noticiário carnavalesco que tomou conta do país – e desta redação também – desde a semana passada, pouco espaço foi dado para a morte de David Carr, jornalista que nos últimos tempos passou a ser a voz do jornal The New York Times nesta transição do papel para o digital. Carr desmaiou na redação do jornal na sexta-feira passada. No hospital foi declarado morto. Um dia antes, havia sido o moderador de um painel com a participação de Edward Snowden, o ex-agente que revelou os segredos da vigilância norte-americana.
“Era um dos mais refinados repórteres de mídia de sua geração, um homem notável e divertido, que se tornou um dos líderes de nossa redação”, escreveu o diretor executivo do NYT, Dean Baquet, segundo matéria da Agência France-Presse. Colunista especializado em analisar as próprias notícias e o meio em que trabalhava, Carr tornou-se personagem principal do documentário Page One: Inside The New York Times, lançado em 2011. O trailer está legendado apenas em inglês, mas o filme já frequentou as grades da TV por assinatura e pode ser acessado também online.
No blog, ele foi tema de um post em junho do ano passado, quando veio ao Brasil lançar seu livro A noite da arma, onde narra sua própria história, conta sua luta para superar o vício, um câncer e as dificuldades de ser um pai solteiro. Você pode acessá-lo clicando aqui.
LUIS BAEZ
Outro jornalista que morreu neste carnaval foi o cubano Luis Báez, que cobriu a maioria das viagens ao exterior de Fidel Castro. Ele faleceu na segunda-feira em Havana aos 79 anos por um infarto. Nascido em 24 de novembro de 1936, Báez se formou em jornalismo em 1958 e “começou a reportar as informações relacionadas a Fidel Castro a partir da vitória da Revolução”, em 1 de janeiro de 1959, lembrou o jornal Gramna, o mesmo que ajudou a fundar após a vitória dos barbudos.