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Os aparelhos telefônicos tornaram-se sonho de consumo no Recife na metade final do século 19. No dia 29 de janeiro de 1882, o Diario de Pernambuco publicou uma ilustração de um aparelho criado pelo francês Clément Agnès Ader, que foi premiado na feira de eletricidade de Paris por suas inovações tecnológicas. Como alertava o colaborador do jornal, “o desenho é de um aparelho para uma única comunicação”.

A maneira de usar os telefones de Ader era simples: “para chamar, bastava apoiar o dedo sobre o botão central colocado no alto, e para corresponder ao aviso deve a pessoa chamada proceder do mesmo modo. Depois tomam-se os dois receptores da esquerda e da direita e aplicam-se aos ouvidos. Deste modo a pessoa acha-se habilitada a ouvir e a falar ao mesmo tempo. Para falar e poder ser ouvida, basta fazê-lo a um ou dois palmos de distância do telefone transmissor, que é o aparelho em forma de escrivaninha. As experiências recentemente feitas provam que estes aparelhos transmitem a palavra a mais de quatrocentos quilômetros”.

O aparelho telefônico de Ader foi apenas uma das criações do engenheiro francês, filho de marceneiros. A ele se deve o crédito da palavra “avion” para as aeronaves mais pesadas que o ar. Também criou um velocípede, um motor ultraleve e uma máquina de assentar trilhos de trem, usada em vários países por décadas.

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