Livro medo

Projetos pessoais ou ampliação de material já publicado no jornal, passando pela literatura pura e simplesmente. Na redação do Diario de Pernambuco, o número de escritores só cresce. O mais novo integrante deste clube será o repórter de multimídia Filipe Falcão, que lançará em junho Fronteiras do medo: Quando Hollywood refilma o horror japonês, resultado da dissertação de mestrado na Universidade Federal de Pernambuco. Melhor ele mesmo explicar o conteúdo:

Sairá pela editora Estronho. Formatado a partir do lançamento do filme Ringu, (1998), o horror japonês contemporâneo, ou J Horror, tornou-se uma forma de endereçamento fílmica para o Ocidente. As obras japonesas geraram um modelo de produção de sentido logo “descoberto” e exportado por Hollywood – com refilmagens para um público internacional. Que a produção de um remake gera diferenças entre o filme original e a refilmagem, não há dúvidas. Mas, ao analisar o cinema de terror como entretenimento, é possível perceber muito mais do que apenas diferenças fílmicas em função de aspectos culturais. Trabalhamos nossa análise na perspectiva de que há reenquadramentos temáticos nas refilmagens de obras uma vez que as mesmas fazem parte de uma lógica produtiva da indústria do cinema como entretenimento. Além das comparações entre Ringu e sua refilmagem norte-americana, O chamado, esta pesquisa pretende se debruçar, em particular, nos aspectos extratextuais do cinema como entretenimento em cada nação, o que faz necessário debater elementos de produção, distribuição e exibição. Por meio desta tríade, além do entorno cultural, talvez seja possível, por exemplo, compreender as mudanças feitas nas refilmagens em função de obter um alargamento de um público internacional ao qual o remake é destinado em comparação com o produto original, que costuma ser exibido apenas no Japão.

Alcides

Repórter da editoria de Local, Raphael Guerra publicou em 2011, pela editora Universitária da UFPE, o livro Alcides: o trágico fim de um sonho. Em 156 páginas, narra a história do estudante Alcides do Nascimento Lins, que cursava biomedicina na UFPE e foi assassinado aos 22 anos em 2010. O texto é uma adaptação do seu trabalho de conclusão de curso de Jornalismo na Unicap. Ele acrescentou dois capítulos ao livro, depois da condenação do assassino de Alcides a 25 anos de prisão em 2011. A obra foi prefaciada pela jornalista Marcionila Teixeira, da mesma editoria. Ela havia entrevista Alcides em 2007, quando o estudante, filho de uma ex-catadora de lixo, foi aprovado no vestibular. O autor também conta como foi:

A  ideia surgiu a partir da cobertura que fiz, ainda como estagiário do Aqui PE. Foi escrito inicialmente como projeto de conclusão do curso de jornalismo, em 2010. Foi o primeiro livro-reportagem que um estudante de jornalismo da Católica fez como projeto de conclusão de curso. Até então, em impresso, só se faziam séries de quatro matérias. O livro está à venda na Cultura ou na própria UPFE.

Integram ainda o clube de escritores do Diario o repórter Ed Wanderley (Minhas grandes coisas [2008] e Fins de semana e feriados [2009], crônicas), o editor de projetos especiais Vandeck Santiago (Francisco Julião – Luta, paixão e morte de um agitador [ 2001], Francisco Julião, as Ligas e o Golpe Militar de 1964 [2004] e Josué de Castro – o gênio silenciado [2008], reportagens históricas) e a colunista Luce Pereira (Essa febre que não passa [2006], contos que depois foram adaptados para o teatro). Personagens de outras postagens deste blog.