frevo jazz

O que o Recife tem em comum com Nova Orleans? Nesta quarta-feira, às 18h30, no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, a resposta virá em forma de música. O frevo e o jazz, ritmos surgidos no final do século 19 em ambientes sociais onde a escravidão imperava, reinarão em parceria. Do lado pernambucano, o maestro Spok. Do lado norte-americano, o compositor e trompetista Wynton Marsalis.

Por sugestão do repórter Julio Cavani, o Viver de domingo trouxe uma página traçando as semelhanças e diferenças dos dois estilos musicais a partir da composição das orquestras e sua distribuição no palco. Com 17 músicos e 19 instrumentos diferentes tocados, a Spokfrevo Orquestra prioriza mais a percussão do que a nova parceira das bandas do norte. Já a Jazz at Lincoln Center Orchestra, com seus 15 músicos e 25 instrumentos tocados, aposta mais no sopro para seduzir a plateia.

Em um parágrafo, Cavani apresenta como será a formação dos dois grupos:

No palco, os músicos da JLCO tocam juntos, distribuídos em três fileiras paralelas (apenas o pianista e o baixista ficam um pouco separados). Na SpokFrevo Orquestra, os instrumentistas formam uma meia-lua. Segundo Spok, “ninguém no mundo toca assim, só a gente. Inventamos isso sem querer, não foi querendo inovar. Eu nem acho que seja a melhor formação, mas foi ficando. Se ficássemos mais juntinhos, como na orquestra do Lincoln Center, eu escutaria melhor todos os instrumentos e o som ficaria mais organizado, mais blocado, mas eu gosto do nosso jeito”.

Um bom material de leitura, preparatório para um show histórico. Porque se for história, pode contar com a gente.