A fofoca e o culto às celebridades já existiam antes da internet, mas é nos tempos das conexões rápidas e das redes sociais que este tipo de notícia prospera como forma de negócio. Mesmo quem não tem bagagem pode ter seus cliques de fama. Em décadas passadas, dedicados a questões mais sérias, os jornais abriam pouco espaço para a invasão da vida privada, mas sempre havia a oportunidade da exceção.

No dia 7 de maio de 1972, o Diario de Pernambuco abriu o seu terceiro caderno dominical com reportagem de Meira Andrade destacando o número cada vez maior de divórcios das estrelas internacionais. A lista era formada por Steve McQueen, Brigitte Bardot, Ira de Furstemberg, Gina Lolobrigida, Christian Barnard e a campeã Elizabeth Taylor.

O texto era composto por “fichas técnicas” com a carreira profissional dos personagens e o número de casamentos, um formato bem atualizado quatro décadas depois. Eram outros tempos, mas o interesse pela vida alheia poderia render uma boa leitura.