Há um ano, a Copa do Mundo chegava a Pernambuco. No dia 14 de junho, um sábado, a bola rolava na Arena construída em São Lourenço da Mata para Costa do Marfim e Japão. Depois ocorreriam outros confrontos (Itália x Costa Rica, Croácia x México, Estados Unidos x Alemanha) até a despedida, no dia 29, com Costa Rica x Grécia. Se o gramado estava perfeito para a prática da nobre arte, não se pode falar o mesmo da tão falada mobilidade. Chegar ao estádio era um exercício de paciência de ônibus, metrô e caminhada, agravada com a chuva. O torcedor que veio de fora gostou da simpatia local, mas não indicaria Pernambuco como exemplo de acessibilidade.
Quem veio de fora foi seduzido pelas belas imagens das reportagens produzidas pelos seus países de origem. Um Recife de cartão-postal, apropriado para quem passaria pouco tempo em terra. Como o vídeo em espanhol da BBC (disponível na fan page do Facebook), que apresenta uma bela cidade com muitos atrativos, até mesmo com tubarões. Outros vídeos também foram produzidos por TVs mexicanas, italianas e norte-americanas, sem contar o oficial da Fifa. Passado um ano, é interessante ver o que ficou do olhar estrangeiro depois que a festa da turma de Blatter acabou. A gastança com o dinheiro público, não.