Praça do Polé, Praça do Mercado, Praça Nova da União, Praça Grande, Largo dos Capineiros, Praça da Independência, Pracinha, Praça do Diario. Quem circula pelo Centro do Recife já passou alguma vez por este logradouro estratégico desde a época dos holandeses. Nos esboços da Cidade Maurícia, era ali que funcionaria um mercado público idealizado por Maurício de Nassau. Depois da expulsão dos flamengos em 1654, construíram-se algumas casas, mas o seu quadrado serviu para a abertura de um poço e, principalmente, para palco de suplício de criminosos.
No dia 3 de agosto de 1969, o jornal que por mais de um século foi “morador” ilustre daquele endereço resgatou a história da Pracinha do Diario. Em página assinada por Flávio Guerra, uma ilustração apresentava o suplício do polé. A tortura consistia em suspender o acusado pelas mãos atadas às costas, por cordas. Na época da inquisição, prendiam-se pesos de ferro nos pés que, largados abruptamente, agilizavam a confissão. As vítimas padeciam da desarticulação dos membros ou de fraturas da clavícula e das omoplatas. Em meados do século 18, o polé foi transferido para outro local.
Em 1757, o governador Luis Diogo Lobo da Silva instala um mercado até o meio-dia. Após esse horário, a praça se transformava no paraíso dos ambulantes. Depois de várias reformas urbanas, o quadrado vai ganhando importância comercial. Em 1831, o Diario de Pernambuco inicia campanha para mudar o nome de Praça da União para Praça da Independência, sua designação até hoje.
Toda essa história é melhor contada pelo próprio repórter Flávio, cujo texto na íntegra pode ser conferido abaixo.