Quando Luiz Gomes da Silva nasceu em Garanhuns, em 1937, o Diario de Pernambuco já circulava dois anos antes com o suplemento Gury, voltado para as crianças. O primeiro encarte surgiu em julho em 1935, publicado às quartas-feiras. Tinha oito páginas e era editado originalmente por Luís de Andrade. Na verdade, tratava-se de uma adaptação do Gury nacional, publicado por toda a rede de jornais da cadeia associada de Assis Chateaubriand.
Em 1946, aos nove anos de idade, Luiz Gomes conheceu o mundo da mágica e só não acompanhou o circo mambembe porque os pais não deixaram. Somente em 1964, aos 27 anos e já no Recife, ele conseguiu transformar a arte em profissão. Três anos depois, em novembro de 1967, o suplemento infantil do Diario de Pernambuco ganhava o nome de Júnior, sob a responsabilidade de Fernando Spencer [jornalista que depois se tornou cineasta] e Loyde Alves Marques dos Reis, a inesquecível Tia Lola, que interagia com os leitores mirins como se fosse alguém da família.
Em todo este período, o Diario e Luiz Gomes, agora com o nome artístico de Lu-Gom, dedicaram-se à mesma missão: proporcionar às crianças uma diversão mágica e sadia. Aos 80 anos de idade e ainda na ativa, Lu-Gom tornou-se capa do Diarinho, o mais recente nome do caderno infantil do Diario, agora sob os cuidados da editoria Sarah Eleutério. Foi a própria Sarah quem escreveu a história de Lu-Gom, personagem conhecido em festinhas infantis do Recife. “Nós trazemos um alimento que preenche a alma e o coração. Sem o lúdico e o fantástico a vida não tem graça”, afirma o eteno menino que usa cartola. Palmas para o mágico! E para o Diarinho também, que tem história que não é brincadeira.