“Roberto Carlos quer mudar seu estilo musical. Mas ele tem andado indeciso, nos últimos meses, pois não sabe se passa logo para o ritmo romântico e dolente ou se vai transformando a sua música aos poucos. Em compasso de valsa”. No dia 21 de dezembro de 1969, o Diario de Pernambuco publicava uma reportagem de página inteira tentando antecipar os próximos passos de Roberto Carlos, o ídolo da Jovem Guarda.
O texto, assinado por Samir Abou Hana, que do impresso migrou para a rádio e TV, distribuindo ternurinhas até os dias de hoje, afirmava que o Rei pensava em deixar o iê iê iê de lado. Seus fãs haviam envelhecido com ele e romantismo em tempos de repressão política tinha mercado fácil. Quarenta e cinco anos depois, Roberto Carlos e Samir Abou Hana continuam na ativa, cada um com seu reinado, unidos na história pelo Diario.