Prestes a completar 190 anos de história e mais antigo jornal em circulação na América Latina, o Diario só poderia ter surgido mesmo em Pernambuco, a terra dos superlativos. A mania de grandeza dos nascidos na terra dos altos coqueiros é tema de discussão recorrente em mesa de bar, nas repúblicas de estudantes em outros estados e também da academia, tanto na área artística quanto na psiquiátrica. Em fevereiro de 2011, o jornal trouxe a abordagem definitiva através da “A melhor reportagem do mundo”, orgulhosamente publicada na revista Aurora e escrita por André Duarte. É a melhor radiografia escrita da alma do pernambucano.

Na área do cinema – este território de tão altas glórias – a diretora Luci Alcântara é responsável pelo “O melhor documentário do mundo”. O material está 80% finalizado e deve ser lançado no próximo ano, se mais patrocínios surgirem. “Ainda faltam as animações e mais seis meses de ilha de edição”, afirma Luci, que desde 2008, quando começou a colher os depoimentos dos pernambucanos e “pernambucanalhados”, conseguiu produzir dois longas (“Geração 65: aquela coisa toda” e “JMB, o famigerado”) e dois curtas (“A minha alma é irmã de Deus” e “Quarto de empregada”.

Chega a soar estranho saber que um material que analisa o DNA do pernambucano sofra com a falta de patrocinadores. Luci recolheu considerações e histórias de fotógrafos, cineastas, artistas plásticos, músicos, estilistas, atores, escritores e chefs de cozinha, tudo devidamente analisado por historiadores, sociólogos, psicólogos e psicanalistas.

Neste período de gestação, alguns dos personagens não puderam esperar pelo tão aguardado lançamento. O historiador Edson Nery da Fonseca, o músico Lula Cortes e o ator Germano Haiut, por exemplo, deixaram seus testemunhos para a eternidade.

Por que não tentar então o crowdfunding? Luci não descarta esta possibilidade, mas ainda aguarda a resposta de empresas contatadas. Por enquanto, ficamos com o teaser que já ganhou as redes sociais. É pouco, mas é o melhor do mundo.