O ano de 1974 foi pródigo em assuntos inusitados nas páginas de polícia do Diario de Pernambuco. Depois do padre que apoiava o espancamento de ladrões (já postado no blog), os leitores souberam também da morte de quem entrou na casa dos outros sem licença e acabou indo para o beleléu de boca cheia.
A vítima, no caso, era um gato gatuno, que mereceu destaque do jornal no dia 9 de setembro daquele ano. A triste história de “Rouquinho”, além de figurar no alto da página, ainda ganhou uma ilustração assinada por Wilde, retratando o bafafá que rolou em Prazeres, Jaboatão.
Segundo texto assinado por Eliomar Teixeira, “Rouquinho” era um gato “ladrão, luzidio e sofisticado, grande no tamanho e na safadeza”. O bicho pesava oito quilos e assustava até cachorros. Respeitava só a dona, Teresinha Maria da Conceição. A questão é que só gostava de carne e foi flagrado pela vizinha, a lavadeira Isabel da Silva, na cozinha dela. O finado foi entregue à dona ainda com o pedaço de carne na boca. Aí o tempo fechou.
A confusão toda pode ser conferida na íntegra logo abaixo. “Rouquinho” conseguiu desbancar, como manchete policial, ocorrências de humanos que não andavam na linha. Entre traficantes, maconheiros, ladrões e estelionatários, o gato entrou para a história por cima.