Antes de ficar famoso como Carlitos, Charles Spencer Chaplin começou no cinema fazendo o papel de um… repórter. O filme “Making a living” (Fazendo a vida) estreou no dia 2 de fevereiro de 1914. Com um bigode largo, cartola e bengala, Chaplin interpreta um golpista – um falso aristocrata inglês – que se envolve no roubo de uma câmera fotográfica com os negativos de uma reportagem sensacionalista.
Não chega a ser um filme verdadeiramente engraçado, apesar da chancela de Mack Sennett, o inventor dos Keystone Kops, a trupe que divide a cena com o cômico inglês de 24 anos de idade. Chaplin foi contratado a peso de ouro. Recebia US$ 150 por semana de gravação. Ao todo, ele fez 12 filmes para a Kestyone.
É interessante ver como funcionava uma redação na época e também a cena em que o motorista ferido é “ajeitado” para melhor aparecer no registro fotográfico. Chaplin não morreu de amores pelo filme, que ficou na história não só pelo seu début, mas também por imortalizar a profissão. Afinal de contas, também sabemos rir de nós mesmos…