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A Brasiliana Fotográfica é um tesouro ao alcance do mouse do computador ou do dedo no smartphone. O portal da Fundação Biblioteca Nacional e do Instituto Moreira Salles disponibiliza online duas mil imagens do acervo das duas instituições. Para os que gostam de registros raros é uma verdadeira viagem no tempo.

E o Recife, pela sua importância estratégica, está bem representado nos álbuns que vão surgindo mensalmente. É da capital pernambucana, por exemplo, a fotografia mais antiga referente a praias e vistas do litoral brasileiro.

A imagem do Forte de São Francisco da Barra, produzida por volta de 1855, foi clicada por Augusto Stahl. Também conhecida como Castelo do Mar, Forte da Barra, Forte do Picão e Forte da Laje, a construção destinava-se a proteger a barra do canal de acesso ao Porto do Recife e foi erguida em 1608. No início do século 20, já em ruínas, foi encoberta pelo enrocamento do quebra-mar nas obras de modernização do atracadouro.

Nascido em Bérgamo, na Itália, Augusto Stahl havia desembarcado no Recife no dia 31 de dezembro de 1853, a bordo do navio Thames, da Mala Real Inglesa. Ficou em Pernambuco até 1861. Em 1859, registrou a passagem de Dom Pedro II. Em 1861, deixou Pernambuco para morar no Rio de Janeiro. Recebeu de Dom Pedro II o título de Photographo da Casa Imperial.

A coleção de imagens do litoral pernambucano no século 19 da Brasiliana Fotográfica reúne cinco obras. Além de duas fotos de Augusto Stahl, há ainda outros dois registros do alemão Moritz Lamberg e um de autor anônimo. Vale muito conhecê-las.