Na capa do Diario de Pernambuco, uma bonita mulher com uma filmadora (pena que o jornal que ficou para a história não tinha uma impressão muito legível). No edição do dia 2 de julho de 1956, a bailarina britânica Margot Fonteyn era flagrada no aeroporto internacional dos Guararapes, desembarcando de um DC-7C da Panair. Procedente de Londres, ela chegava ao Recife a convite do embaixador Assis Chateaubriand, o dono dos Diários Associados, para umas férias no Brasil. Nascida em 1919, a “prima ballerina” do Royal Ballet da Inglaterra era uma personalidade reconhecida mundialmente…
“Elegante e jovial”, Margot permaneceu apenas meia hora no Recife. Além de conversar com o repórter do Diario, usou uma “máquina de filmar” para registrar os painéis de Lula Cardoso Aires e Francisco Brennand. A bailarina, considerada uma das maiores de todos os tempos, retornou ao Recife com sua companhia em 1967 para se apresentar no Teatro de Santa Isabel. Foi devidamente clicada em suas acrobacias pelo fotógrafo do Diario, Edvaldo Rodrigues.
Margaret Evelyn Hookham era seu nome de batismo. Neta de um industrial brasileiro, Antonio Fontes, afrancesou o seu primeiro nome e o sobrenome do antepassado para cunhar sua personalidade artística.