Prêmio Nobel de Literatura em 1907, o escritor inglês de origem indiana Rudyard Kipling embarcou em janeiro de 1927 para uma viagem de cinco semanas ao Brasil. A aventura deu origem a artigos publicados originalmente no jornal britânico Morning Post e depois no livro “As crônicas do Brasil”, um relato de 60 páginas onde conta as suas impressões dos trópicos. Ele não chegou a desembarcar em Pernambuco, mas descreve, como poeta que foi, suas primeiras impressões deste novo país a partir do Porto do Recife.
Kipling – cuja obra mais famosa, O livro da Selva, vai ter em abril mais uma versão no cinema pela Disney com o nome de Mogli, o menino-lobo – passou poucas horas dentro do navio observando o Recife. Tempo suficiente para deixar seu relato para a posteridade. O livro “As crônicas do Brasil (Brazilian Sketches)” ganhou uma edição primorosa bilíngue da editora Landmark em 2006. A tradução foi feita por Luciana Salgado.
É recomendável a leitura deste autor, cuja curta temporada na capital pernambucana foi retratada por Laerte Silvino, ilustrador da editoria de arte do Diario de Pernambuco que produziu a terceira história em quadrinhos da série “Recife e Olinda pelo olhar dos viajantes”, que será publicada até o dia 12 de março em homenagem ao aniversário de fundação das duas cidades (479 e 481 anos, respectivamente).
Nesta sexta-feira, Albert Camus terá sua história desenhada por Flávio Valdevino. No sábado, Greg ilustra a passagem de Simone de Beauvoir – e seu marido, Jean Paul Sartre – por Pernambuco.