Sete de abril, dia do jornalista, uma profissão para ser cantada em prosa e verso. A segunda modalidade foi praticada pelo Diario de Pernambuco pelo menos uma vez, em 1933, quando os integrantes da redação do jornal mais antigo em circulação da América Latina – e em língua portuguesa também – foram descritos em forma de soneto.
Vinte profissionais foram “homenageados” pelo poeta “João Ninguém”, uma pilhéria inocente em plena época de carnaval. A página, na verdade, foi publicada no dia 26 de fevereiro daquele ano. Se fôssemos fazer isto hoje, precisaríamos de um caderno especial, porque o número de repórteres, editores, fotógrafos, artistas e diagramadores é de quase uma centena e meia.
Em 1933, a redação era majoritariamente masculina. Apenas uma mulher ganha um soneto. Pena que todos os jornalistas citados estão apenas com as iniciais. Quem seria G. P. L., que passava os dias “muito descuidosa, a lutar pela vida e… a ler romances”?
Sete de abril é o dia do jornalista, instituído pela Associação Brasileira de Imprensa. A data homenageia o jornalista, político e médico João Batista Líbero Badaró, assassinado em 20 de novembro de 1830 por denunciar ilícitos dos governantes. Suspeito de ter ordenado a eliminação do desafeto, o imperador D. Pedro I renunciou em 7 de abril de 1831.