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Sessenta e quatro charges do Diario de Pernambuco, contextualizadas pelo próprio autor, para explicar às novas gerações o que é viver em um regime de exceção. Neste sábado, às 18h, o cartunista Clériston lança o livro “Minha verdade sobre a ditadura em 64 charges”, 160 páginas em que relembra trabalhos publicados no jornal no período de 1976 a 1986, através de crônicas “recheadas de memória, emoção, informação, reflexão e crítica sobre o Brasil dos anos de chumbo e seus efeitos de sentidos na contemporaneidade”.

O lançamento será no Boteco Porto Ferreiro (Avenida Rui Barbosa, 458, Recife). Cada livro custará R$ 25. Para esta obra, vale a máxima do Barão de Itararé, humorista político como Clériston, que defendia sempre a compra de três exemplares para o seu jornal “A Manha”: um para guardar bem escondido, outro para deixar sobre a mesa da sala para que os amigos possam roubá-lo e o terceiro para tê-lo no banheiro, para uma leitura mais profunda.

Não precisa explicar o motivo da escolha de 64 charges. Para quem se interessa por imprensa e humor, o livro de Clériston é um exemplo de como se enfrentava a censura com simples traços e poucas palavras. Que a ditadura fique bem no passado.