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No século 19, um aquarelista estrangeiro (provavelmente um inglês) retratou um Recife ainda bucólico ao longo das margens do Rio Capibaribe. Cinco de suas obras integram hoje o acervo da Biblioteca Nacional, que classificou o material como possivelmente produzido na década de 1840. Tornaram-se hoje um importante registro visual de lugares como o Cordeiro e Poço da Panela antes que as águas perdessem importância para o asfalto.

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A primeira das imagens mostra casarão ladeado por coqueiros. Trata-se da residência do artista, a Casa Grande, segundo ele situada a quatro quilômetros de Pernambuco (no caso, o Centro do Recife), próxima ao engenho Cordeiro. Em outra imagem, a visão a partir do cais particular da Casa Grande, tendo na outra margem o Poço da Panela. De lá, registrou os arredores habitados por seus concidadãos.

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Um grupo de ingleses é visto na segunda aquarela, intitulada Casa Pequena. O senhor Smith e a senhora Graham e filhos são mostrados descansando em frente ao rio, em uma área acessada por botes. Uma outra aquarela mostra exatamente o cais da Casa Pequena, com um homem de terno e chapéu na sua base. Pela legenda do desenho, era justamente o pai do artista.

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Homens trabalhando em frente a um casarão pintado de branco, todos negros, são apresentados na terceira aquarela, que registra os esforços bem-sucedidos do senhor Berey no Recife. O dono de considerável patrimônio teria fundado uma escola na capital pernambucana.

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A presença inglesa no Recife tornou-se muito forte a partir do século 19. Praticamente todos os serviços públicos eram gerenciados por súditos da rainha. Enquanto poucos faziam arte, outros tratavam de ganhar dinheiro. Um obrigado a este artista que deixou a sua marca, mesmo sem identificação. Assinamos embaixo.