Durante praticamente um século, o cinema em Pernambuco foi um entretenimento de rua. A história começou com o Cinema Pathé, inaugurado no dia 27 de julho de 1909, atraindo multidões desde que abriu as portas do pavimento térreo do prédio número 45 da Rua Barão de Vitória.
Em 1998, o primeiro multiplex com maior conforto, mas também maior controle de público e uma oferta reduzida de estreias, foi inaugurado dentro do Shopping Recife, com dez salas. No dia 28 de setembro daquele mesmo ano o Veneza promovia a sua última sessão.
Outros seguiriam o caminho da extinção no Centro do Recife: Ritz, Astor, Moderno, Art Palácio, Glória, AIP. Os de bairro, como o Albatroz (Casa Amarela) e o Eldorado (Afogados) foram os primeiros a sucumbir pela falta de público, seduzido primeiramente pela televisão e depois pela chegada do videocassete. A decisão de algumas salas de exibir filmes pornôs só fez retardar a derrocada. Ficaram os registros de um tempo glorioso para a sétima arte, quando o cinema era um divertimento realmente popular.
A extinção dos cinemas de bairro na Região Metropolitana do Recife são tema de três vídeos veiculados a partir deste sábado no canal do Diario de Pernambuco no YouTube, produzidos pelo videorrepórter Bernardo Sampaio. Com dez minutos de duração cada, ele mostra o estado atual das salas de exibição e resgata fotos do arquivo do Diario de Pernambuco que retratam antigos espaços, como o Veneza, O moderno, o Ritz e o Astor. Apesar de já ter sido reformado, o Cine Olinda está fechado há 50 anos.
Ficha técnica:
Videorreportagem: Bernardo Sampaio
Imagens: Arquivo Diario, Thiago Santos, Revista Cardamomo
Edição: Bernardo Sampaio
Finalização: Jaíne Cintra