Completando 50 anos de encenações na paisagem semiárida de Brejo da Madre de Deus, a Paixão de Cristo de Nova Jerusalém é um espetáculo de grandes números e recordes. Atores globais agora se revezam nos principais papéis e a produção não fica nada a dever de um filme de Hollywood. Mas nem sempre foi assim. Em 1972, o evento começava a perder o seu aspecto local para atrair os olhares do país. Naquele ano, até outro rei, Roberto Carlos, disfarçado de “velho”, conferiu o espetáculo no meio de uma multidão estimada em dez mil pessoas. O papel principal pertencia a Carlos Reis – hoje um dos diretores do espetáculo.
Foi também há 45 anos que Nova Jerusalém foi tema de um pequeno documentário do Arquivo Nacional, de pouco mais de cinco minutos, mostrando para o país o drama encenado por 50 atores e 500 figurantes. A peça era exibida nos cinemas antes da exibição dos filmes. Material que volta à tona graças ao resgate feito pelo Arquivo em Cartaz, que merece sempre ser visitado.