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O Diario de Pernambuco foi destaque na maior premiação de jornalismo do Norte/Nordeste. O jornal ganhou em quatro categorias da 23ª edição do Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo e do 2º Prêmio de Jornalismo Literário. A cerimônia de entrega dos troféus aconteceu na noite de ontem, no Cinema São Luiz, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O prêmio é organizado pelo Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope) e pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).






As versões impressa e digital do Diario estavam na final em sete categorias, com 12 trabalhos. Na categoria reportagem e reportagem com desdobramento, o vencedor foi o repórter Wagner Oliveira com a matéria (In)Justiça.
O trabalho mostrou o drama de seis pessoas que foram presas ou acusadas injustamente no estado. O texto, publicado em três páginas, foi veiculado na superedição do fim de semana 17 e 18 de setembro do ano passado. “Apesar de terem conseguido provar a inocência posteriormente à prisão ou condenação injusta, essas pessoas retratadas na reportagem ficaram traumatizadas e/ou doentes. Nosso objetivo foi mostrar essas histórias para que elas não se repitam”, destacou o jornalista.






Entre as três fotografias finalistas do prêmio, a comissão julgadora formada por professores de universidades de todas as regiões do país escolheu a imagem Gaivotas da Rua Azul, de Peu Ricardo. A imagem retrata o cotidiano de crianças e adolescentes da Favela do Papelão, no bairro de São José, que não têm espaços públicos de lazer. Como diversão, resta a eles saltar de pontes. “Estou muito feliz em vencer o prêmio pelo segundo ano consecutivo. Dedico esse troféu às crianças que retratei, pois me identifiquei muito com elas. Eu mesmo, na infância, me divertia daquela forma. Foi uma maneira de voltar ao meu tempo de menino”, disse o repórter fotográfico.






Na categoria Ilustração/Charge do Cristina Tavares, venceu desenho feito por Greg para o texto Borboleta não é peixe. A pedido do Diario, o escritor pernambucano Raimundo Carrero escreveu um conto sobre o espírito folião desabrochado na tradição carnavalesca do estado. O texto, inédito, evocava a figura de Tia Guilhermina, personagem marcante da obra do autor vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura (2010) e um dos expoentes das letras no Brasil. “O texto era muito interessante e me permitiu viajar para fazer as ilustrações. Receber esse prêmio é um reconhecimento muito importante”, afirmou Greg.






O Diario venceu ainda na categoria estudante do 2º Prêmio de Jornalismo Literário, com o trabalho Assombrações made in Pernambuco, um guia das assombrações tipicamente pernambucanas. A reportagem, de João Vitor Pascoal, foi publicada em 11 de setembro de 2016 e tratou de como o imaginário popular é permeado por lugares macabros e lendas nunca realmente confirmadas. “Revisitei histórias que havia escutado na infância, mas que não lembrava, para contá-las aos leitores.
Ao todo, o 23º Prêmio Cristina Tavares recebeu este ano 147 inscrições em todas as categorias. Já o 2º Prêmio de Jornalismo Literário, patrocinado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), teve dez trabalhos inscritos.