Criador do coaching estará no Recife na manhã da próxima quinta-feira, dando seminário, a partir das 9h, no RioMar.
Luce Pereira (texto)
Reprodução da internet (foto)
Crescemos ouvindo dizer que a vida é um jogo, mas, para a maioria, não passa de frase de efeito proferida em momentos que exigem ao menos uma pontinha de reflexão. Entre milhões ao redor do planeta, o norte-americano Timothy Gallwey se sobressaiu por de fato levar a sério a expressão, isto desde o começo da década de 1970, depois de dar adeus ao curso de Literatura da Universidade de Harvard e passar a ser professor de tênis. Faz tempo: Gallwey está hoje com 80 anos e no longo caminho percorrido até agora dedicou-se a mostrar que, com a orientação correta, é possível vencer este jogo. Vencer não apenas no sentido de atingir resultados, mas de fazê-lo de forma prazerosa, sem medos, ameaças e todos os fantasmas que contribuem para atrapalhar as trajetórias pessoal e profissional, criando multidões de ansiosos, deprimidos e obcecados por metas para as quais não nasceram ou não estão preparados. O método Gallwey de trazer as potencialidades do indivíduo à luz, rendeu a ele o título de Pai do Coaching, termo que, no Brasil, passou a ser conhecido apenas há cerca de seis anos, época que coincide com sua vinda ao país pela primeira vez, em 2011.
A máxima de Sócrates – conhece-te a ti mesmo – parece sob medida para iluminar os conceitos criados por Gallwey, pois defende o autoconhecimento como ferramenta indispensável para se atingir a autoconfiança sem a qual é impossível chegar ao melhor caminho, aquele no qual o indivíduo vai se sentir feliz e, consequentemente, produtivo. Não precisa dizer que o mundo corporativo foi o primeiro a se interessar em por em prática as ideias dele, logo impressas em livros tornados best sellers com milhões de cópias vendidas ao redor do mundo. Já o primeiro, que contém os fundamentos do método – The inner game of tennis (o jogo interior do tênis) – tornou-se fenômeno espetacular de vendas: todos queriam descobrir em que consistia a fórmula proposta pelo professor, que, como os nascidos na Califórnia, tinha fama de ser alguém muito simples, leve, mas profundo, dado a reflexões inteligente e cheias de humanidade.
Aliás, esta é mesmo a imagem que fazem dele as coaches Adriana Cavalcanti (com formação nas áreas de administração e recursos humanos) e Vânia Portela (psicóloga), escolhidas, no Recife, como multiplicadoras dos tais princípios, depois de também cumprirem a formação na escola instalada em São Paulo para tornar o método acessível a um número cada vez maior de pessoas. Na próxima semana, as duas, que fundaram a empresa Portela & Cavalcanti, poderão ter ideia ainda maior acerca de como ele é longe dos holofotes quando o levarem para seminário no Cinemark do Shopping RioMar, na manhã de quinta-feira, que vai marcar a etapa inicial da turnê nacional. Na palestra, ficará claro que não apenas o mundo corporativo pode colher os frutos dos ensinamentos como quem não deseja ter dúvidas nenhuma sobre a vocação a abraçar ou ainda aquelas pessoas decididas a virar o próprio jogo escolhendo um caminho novo e mais feliz. Caso da própria Adriana, que virou coach depois de decidir abandonar um rentável emprego de executiva no qual ganhava dinheiro mas se sentia sobrecarregada e infeliz. Gallwey ensina que os dois podem (e devem) andar juntos, porém, depois de ensinar gigantes como a AT&T, Apple, Coca-Cola e Harley Davidson a engordar seus lucros deixando que seus funcionários se sentissem livres para ser e fazer aquilo com que se identificam a fundo, pôde calmamente chegar a uma de suas mais belas conclusões: “Evoluir é apenas tornar-se mais humano”.