Fafá de Belém 1979x

Descontraída e inteligente, bonita e alegre, Fafá de Belém mostra-se entusiasmada com as perspectivas que se abrem para a sua já vitoriosa carreira artística. Registrada no Viver, caderno de cultura do Diario de Pernambuco, esta frase poderia bem retratar o atual momento da cantora paraense, figurinha fácil dos nossos últimos carnavais. Somente neste ano, cantou em trio elétrico, teve camarote no Galo da Madrugada e fez shows em Olinda, Bezerros e Paulista por um cachê total de R$ 230 mil. Mas o texto em questão foi publicado no dia 14 de fevereiro de 1979. Fafá estava exultante porque iria apresentar no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, o repertório de Banho de cheiro, o seu último LP. Na época, ela estava no Recife para participar do Bal Masqué. Na entrevista, afirmou que tinha muitos admiradores na capital pernambucana e que, por uma questão de gratidão, nunca iria deixar de se apresentar na cidade. Trinta e seis anos depois, a gratidão está mais forte do que nunca.

Na reportagem de 1979, o texto é só elogios para Fafá:

Com os cabelos compridos e soltos lhe dando um ar de menina grande, Fafá de Belém é o tipo da pessoa que seduz por sua gentileza e simplicidade e que faz questão de falar sobre sua vida artística. Uma carreira que hoje ela cuida com o amor de quem lutou muito para conquistá-la.
“Só não aceito mesmo que falem sobre minha vida particular. Isso, não admito de maneira alguma. Mesmo assim, vez ou outra algum jornalista mais fofoqueiro inventa que estou de casamento marcado, que estou amando não sei quem. Essas fofocas todas só servem para aumentar a vendagem das revistas. Não nego que tenho minhas paqueras, como todas as moças têm. Mas é um assunto particular”.