Hoje o nome é MMA, sigla para Mixed Martial Arts. Em português, Artes Marciais Mistas. Mas, para nossos avós e bisavós, o negócio se chamava era Luta Livre – ou Vale Tudo mesmo. Um grande sucesso de público, com os oponentes de sunga dando o sangue para levar o adversário à lona. E as mulheres também entravam no ringue, mais voltadas para exibição. No dia 9 de janeiro de 1951, o Diario de Pernambuco estampou que o estádio dos Aflitos iria sediar uma série de espetáculos de catch feminino, com a participação de lutadoras estrangeiras.
As italianas Nina Naida e Nina Ross, a suíça Helga Buch, a francesa Madelaine Duval, a polonesa Vera Kammanova, a alemã Gerda e a norte-americana Linda Davis seriam as estrelas do evento. O final da reportagem já dava a expectativa: “Vamos então aguardar a chegada de tão estranho elenco esportivo e verificar as suas verdadeiras personalidades. De qualquer forma, será uma grande atração para o público pernambucano”.
No dia 12, uma sexta-feira, data do primeiro evento, o Diario voltou a destacar o catch feminino, desta vez entrevistando as lutadoras que estavam hospedadas no Hotel Central. Todas diziam-se encantadas com o Recife, principalmente a suíça Helga, a mais jovem, com 17 anos de idade. A veterana era a francesa Madelaine, com 28. Seria um espetáculo “atraente”, já destacava o título.
Mas nada de glamour para os homens, Até o final da década de 1960, o Vale Tudo atraía multidões em Pernambuco. Os astros surgiam e desapareciam rapidamente, graças a um nocaute bem dado. Na galeria abaixo, confira algumas imagens retiradas do arquivo do Diario.