Eduardo Marinho e Elvio Luiz, fotógrafos do Coletivo Latente
Crédito: Rodrigo Silva/Esp.DP/D.A Press
O assunto era um forte candidato a manchete do Diario desta quarta-feira, mas perdeu o maior destaque da capa para a prisão do camorrista Pasquale Scotti. Mesmo assim, figurou na primeira página com a chamada “Boatos que machucam”. Eduardo Marinho, bancário de profissão e fotógrafo de um projeto social na Bomba do Hemetério, foi vítima de uma denúncia falsa no Facebook feita por um morador do bairro. Uma postagem inconsequente, de que ele seria um sequestrador de crianças, foi vista por mais de 160 mil pessoas até a retirada da acusação inverídica do ar. Eduardo procurou o jornal pedindo apoio para esclarecer o episódio. Na Bomba do Hemetério, onde as imagens para a reportagem foram feitas, recebeu a solidariedade do fotógrafo e professor Elvio Luiz, também integrante do projeto Coletivo Latente.
Foi então que aconteceu o erro que nos machucou. Por uma falha de procedimento interno, na edição de hoje do jornal, na página A6 da editoria de Local, Elvio Luiz saiu identificado como Eduardo. O bancário, principal interessado em esclarecer o episódio, figurou apenas na chamadinha da reportagem da TV Clube. Como erros não podem ser repetidos, mudaremos nossos procedimentos na identificação das imagens e também reforçaremos a atenção dos editores em relação ao que está escrito. Na edição de quinta-feira, uma errata vai pedir desculpas aos leitores do jornal. Antecipamos as nossas aqui, pela internet.
Como tudo que afeta a internet também altera as nossas vidas, vale ressaltar a importância do material trazido pelos repórteres Anamaria Nascimento e Thiago. A primeira escreveu sobre o drama sofrido pelo fotógrafo e o segundo apresentou outra grade vítima dos boatos envolvendo crianças. A agência de fotografia Bela Imagem Studio, que tem estúdios móveis circulando por vários estados do país, está sendo alvo de ataques depois que circularam nas redes sociais que os veículos seriam usados para sequestrar menores de idade. O resultado é que profissionais acabaram sendo demitidos por causa da queda de faturamento.Espalhar informação sem procedência pode render punição. No nosso caso, nossa missão é sermos corretos, com nossos próprios profissionais, os entrevistados e os leitores.