Publicado em 2003 nos Estados Unidos, só agora o livro Curiosidade mórbida (Paralela, R$ 44,90) está sendo lançado no Brasil. Trata-se de uma pesquisa feita pela jornalista norte-americana Mary Roach sobre as várias contribuições anônimas dos cadáveres aos avanços científicos. A morbidez que reinava antes apenas em ambientes específicos agora está na sala de estar, ao lado do balde de pipoca. Filmes e séries de TV usam os defuntos como chamarizes de audiência e a literatura também pegou carona nesta moda, rendendo homenagem ao Frankenstein de Mary Shelley, que veio à luz em 1818.
Na edição do Diario de Pernambuco deste domingo, o repórter Fellipe Torres, da editoria do Viver, produziu material com informações macabras e científicas retiradas do livro Curiosidade mórbida. A página dupla contou com a arte de Greg a partir de fotos históricas na internet. Vale lembrar que outra obra importante está disponível aos interessados brasileiros. Em O homem diante da morte (1977, reeditado em 2014 pela Unesp), o historiador Philippe Áries ressalta o valor da anatomia para além da medicina. Agora podemos acrescentar: para além da arte.