O registro estava lá, na seção Nos 4 Cantos do Mundo, no dia 18 de julho de 1959. Na verdade, era uma linha vinda da agência de notícias United Press International (U.P.I.). Uma notícia telegráfica, que não ficava à altura da personagem: “Morreu, no hospital metropolitano de Nova York, àS 7,20 horas, a famosa cantora negra Billie Holiday”.
Uma despedida precoce: Billie Holiday estava com 44 anos de idade. Viciada em heroína, enfrentava o ocaso da carreira quando não resistiu a uma overdose no dia 17 de julho, há 56 anos. Originalmente Eleanora Fagan, nasceu no dia 7 de abril de 1915 em Baltimore, Maryland, EUA. Começou a cantar em bares e boates do Harlem, em Nova York, em 1931. Entrou em um estúdio de gravação pela primeira vez em 1933.
Entre 1936 e 1943, dividiu o palco e as gravações com o saxofonista Lester Young, também parceiro amoroso. Sua relação com o álcool e as drogas foi revelada, de forma corajosa, em sua biografia Lady Sings the Blues, publicada em 1956 e escrita pelo ghost-writer William Dufty.
O vídeo escolhido para esta homenagem é Strange Fruit, cuja interpretação de Billie Holiday foi colocada na lista do Hall da Fama do Grammy em 1978. Segundo o Wikipedia, Strange Fruit foi composta como um poema, escrito por Abel Meeropol (um professor judeu de colégio do Bronx), sobre o linchamento de dois homens negros. Ele a publicou sob o pseudônimo de Lewis Allan2 .Meeropol e sua esposa adotaram, em 1957, Robert e Michael, filhos de Julius e Ethel Rosenberg, acusados e condenados por espionagem e executados pelo governo dos Estados Unidos.