A máquina do tempo está ligada. Vamos voltar cinquenta anos, no exato momento em que cabeludos de jeans tomam o poder, mesmo que por poucas horas, nas tardes de domingo. O mundo girava a revoluções por minuto e no Brasil de uma recém-instalada ditadura militar, um termo cunhado por um dos pais do comunismo batiza um movimento encabeçado por garotos que amavam os Beatles e os Rolling Stones. Sim, era o início oficial da Jovem Guarda como revolução musical e cultural que ditou as regras até a MPB incorporar seus elementos.

Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa estavam na linha de frente do programa transmitido pela TV Record em São Paulo. Em Pernambuco, jovens artistas também já haviam aderido à causa, com o tamanho das saias inversamente proporcional ao das cabeleiras. Toda essa odisseia foi contada em uma série publicada pela editoria Viver do Diario de Pernambuco. Em quatro páginas, uma espécie de almanaque da Jovem Guarda. Vale a pena a leitura, porque a brasa ainda não apagou.