Há 49 anos, no dia 30 de outubro de 1966, o Diario de Pernambuco destacava o trabalho de um jovem músico que deixou o estado para tentar o sucesso no Sul maravilha. Com um LP gravado, era a hora de Reginaldo Rodrigues dos Santos mostrar seu talento para os conterrâneos. Assinada por Sérgio Nona, a coluna “Ronda do Disco” apresentou um dos primeiros perfis do homem que depois compôs verdadeiros hinos. “O Pão” era o primeiro de uma lista que incluiria “Garçom”, “A raposa e as uvas”, “Mon amour, meu bem, ma femme” e “Em plena lua de mel”.
Começou a cantar quando ainda estudava no Colégio Porto Carreiro, no Centro do Recife. Em 1963, já com o nome artístico Reginaldo Rossi, integrou o conjunto Silver Jets, apresentando seu repertório de rock, twist e hully-gully em auditórios de rádio e tv.
Três anos depois, Rossi partiu para a carreira solo. Já com 15 músicas em estilo mais romântico, emplacou seu primeiro sucesso recifense na voz de Sony Delane, que gravou “Sem beijo não dá pé” pela Mocambo.
A volta por cima foi graças à Chantecler, que bancou o seu primeiro LP, com 11 faixas, entre elas “O pão”. Além de cantar, Reginaldo era guitarrista, tocava bateria, piano, contrabaixo e acordeom. Também esbanjava talento em outras línguas.
Gostos musicais? Samba autêntico, Chico Buarque, Roberto Carlos. Bossa Nova? Não, obrigado. Nos planos de Rossi há quase cinco décadas, a vontade de fazer um curso de engenharia.