Um grupo de repórteres do jornal The Boston Globe reúne documentos capazes de provar vários casos de pedofilia praticados por padres. Os bastidores da apuração que, em 2002, resultou em 271 religiosos citados por abuso sexual transformaram-se em filme que concorre ao Oscar em sete categorias.
“Spotlight – Segredos revelados” foi anunciado hoje como indicado às estatuetas de melhor filme, melhor diretor (Tom McCarthy), melhor roteiro original, melhor montagem, melhor ator coadjuvante (Mark Ruffalo) e melhor atriz coadjuvante (Rachel McAdams).
Para quem é praticante do jornalismo ou gosta dos bastidores da notícia, é um programa imperdível. Porque vencer a burocracia, cumprir os prazos, dar primeiro a notícia e no dia seguinte ser cobrado novamente é um ato de heroísmo que se repete muitas vezes anonimamente em qualquer redação.
“Spotlight” é mais um bom produto da safra hollywoodiana de filmes sobre jornalistas e seus trabalhos de formiguinhas diante do computador, das câmeras, dos microfones ou nas ruas.
O blog Direto da Redação compilou outros cem exemplos de histórias – com breves sinopses e trailers – que têm repórteres e editores como figuras principais. A lista começa com Charles Chaplin que, em 1914, na sua estreia em “Fazendo a vida”, interpreta justamente um dos nossos coleguinhas. Não dos melhores, mas assim é a vida.