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Pela integridade da nação brasileira, ameaçada de divisão, e pelas liberdades constitucionais. Estas duas bandeiras, defendidas hoje em um país à beira de um impeachment, faziam parte do ideário de Hipólito José da Costa, o patrono da imprensa no Brasil. Em 1º de junho de 1808, ele publicou pela primeira vez o seu “Correio Braziliense”, editado em… Londres.

Proibido de circular no Brasil por causa da defesa de liberdade de expressão e pela independência do país, o “Correio”, também conhecido como “Armazém Literário”, era uma edição mensal, com cerca de 80 páginas, que tinha seus canais clandestinos de distribuição. Teve 175 números até 1822, quando parou de circular após o Brasil ter se separado de Portugal. Havia cumprido a sua função.

Maçom e um dos primeiros defensores da mudança da capital nacional para o interior do país, Hipólito José da Costa morreu na Inglaterra em 11 de setembro de 1823. Dois anos depois, começava a circular o Diario de Pernambuco. Desde 2000. o 1º de junho tornou-se o Dia Nacional da Imprensa no Brasil.

Na década de 1970, a Biblioteca Nacional promoveu uma exposição com documentos raros sobre Hipólito José da Costa. O material tornou-se tema de registro audiovisual que era exibido nos cinemas antes dos longas-metragens. Esta peça curiosa foi disponibilizada primeiro na fanpage Arquivo em cartaz, que divulga os acervos da Biblioteca Nacional e do Arquivo Nacional.

Além de mostrar o parque gráfico do jornal O Globo, o documentário de um minuto e meio de duração apresenta um mundo que mudou muito em quatro décadas. Só a necessidade de informação que continua a mesma. Não importam os meios.