A 100 dias da Olimpíada do Rio de Janeiro, começa a contagem regressiva final para o show de imagens, recordes quebrados, uniformes vistosos e astros que movimentarão montanhas de dinheiro no evento que soube transformar o esporte em espetáculo. Mas nem sempre foi assim. No início, os jogos olímpicos da era moderna tinham mais cara de jogos escolares, com alguns detalhes que hoje parecem bizarros.
Alguns esportes praticados nos primeiros jogos olímpicos ficaram apenas como curiosidades. Um exemplo era o salto em distância com os pés juntos. Curioso é observar o estilo dos atletas esperando a performance do adversário.
Na natação não havia uma padronização dos, vamos dizer assim, trajes. Os homens poderiam competir com sungas e até tangas sumaríssimas. Sem falar na falta de simetria. As mulheres poderiam cair na água com maiôs mais recatados, mas com design que mais atrapalhava do que ajudava nos movimentos.
Roupas pesadas também atrapalhavam as atletas inglesas do arco e flecha. As ginastas olímpicas, que hoje se apresentam de maiô, antes usavam uma roupa que mais parecia um traje de enfermeira, como demonstra a imagem da equipe dinamarquesa em 1908, em Londres.
Em 1908, por sinal, registra-se um drama na final da maratona. O italiano Dorando Pietri chegou primeiro ao estádio, mas tomou a direção errada por um engano dos fiscais da prova. Mesmo assim, conseguiu permanecer à frente. Exausto, nos últimos 250 metros da prova caiu quatro vezes. Cruzou a linha ajudado por outras pessoas e acabou desqualificado. O ouro ficou com o norte-americano Johnny Hayes. Um dos que deram uma “mãozinha” para Pietri foi o escritor Arthur Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes.
Estas imagens e histórias curiosas constam do livro “150 years of Photo Journalism”, lançado em 1995 pela editora Konemann. São 440 páginas que apresentam a evolução do registro fotográfico a serviço da notícia. Em relação às olimpíadas, lança um novo olhar para o passado. Ou será que o bizarro é o presente?